Gerações diferentes trabalhando juntas! É a primeira vez na história que temos 4 gerações atuando ao mesmo tempo no mercado de trabalho.
O envelhecimento da população aponta que estamos vivendo mais e redefinindo as expectativas de vida. Por outro lado, ele também indica que a vida laboral tem durado mais.
De acordo com um relatório do Pew Research Center de 2023, 19% das pessoas com 65 anos ou mais estão empregadas. Trabalhadores com 75 anos ou mais são o grupo etário que mais cresce na força de trabalho — o número desses profissionais no mercado mais que quadruplicou desde 1964.
Desafio da liderança na gestão de diferentes gerações
Comunicar-se e interagir são habilidades que nunca saíram de moda. Porém, o desafio se torna maior quando incluímos pessoas de diferentes gerações trabalhando juntas.
Comunicação estratégica
Desenvolver uma comunicação estratégica para extrair o melhor da experiência e sabedoria de um baby boomer e conectar isso à capacidade de inovação e agilidade da geração Z reduzirá conflitos, proporcionará abertura para que as virtudes e pontos fracos possam ser trabalhados e gerem ganhos para as pessoas e para o negócio.
Conversas difíceis se tornam mais desafiadoras dependendo da geração? É necessário adaptar a mensagem para conseguir se comunicar! Independentemente do perfil do colaborador, um tom respeitoso e profissional sempre será um caminho mais amigável e trará mais chances de acerto ao se comunicar.
Engajamento
Se a geração de baby boomers (Nascidos entre 1946 e 1964) e geração Z (Nascidos entre 1997 e 2012) têm necessidades diferentes, será que engajar colaboradores dentro de um modelo padrão atenderá a todas as pessoas?
A referência de um bom trabalho para a geração de baby boomers é receber o pagamento em dia, ter um trabalho CLT, um cargo de liderança e permanecer muitos anos dentro de uma organização.
Por outro lado, a referência de um bom trabalho para a geração Z é ter qualidade de vida. Nem sempre um cargo de liderança é prioridade, e contratações PJ passam a ser uma boa opção. Por esses motivos, já sabemos que o modelo padrão para engajar as pessoas não vai funcionar.
A liderança é a principal responsável por engajar as pessoas, ou seja, tem a missão de trazer o colaborador para a cultura, o formato e o propósito da empresa. Para isso, a liderança precisa se capacitar e entender o que é valor agregado para cada geração.
Ter bons benefícios que incentivam a qualidade de vida, além de eventos de saúde e bem-estar, é apenas uma pequena parte das ações do cotidiano. No entanto, o que mais influencia é o que acontece no dia a dia, junto com a equipe e a liderança.
Propósito alinhado à experiência do colaborador
O fator propósito ajuda no engajamento. Apesar de parecer clichê, ter um propósito pode trazer compromisso e engajamento para o trabalho. O propósito da empresa e o impacto do trabalho na área devem andar juntos.
Se o propósito organizacional estiver alinhado ao propósito pessoal, trará mais sentido para a experiência do colaborador. Assim, mesmo diante de uma insatisfação momentânea, isso não será motivo para um pedido de desligamento.
Fazer a gestão de equipes com diferentes gerações exige empatia, flexibilidade e uma comunicação estratégica que valorize experiências, opiniões e vivências. Não é como uma receita de bolo pronta, pois não existe um modelo único que atenda a todas as pessoas. Por isso, é importante criar ambientes que promovam colaboração, respeito e propósito. O resultado disso são gerações que se completam e todos os lados ganham: a empresa, com inovação e produtividade; e as pessoas, com desafios e reconhecimento.